A verticalização, processo urbanístico que consiste na construção de grandes e inúmeros edifícios, é realidade das grandes metrópoles, mas também de capitais menores, a exemplo de Cuiabá. É só olhar para qualquer ponto da cidade que é notável a presença dos operários e máquinas nos canteiros de obras. A indústria da construção civil não para de trabalhar.
Para o arquiteto José Antônio Lemos, desde que feita de forma planejada e orientada por um urbanista, a verticalização é uma coisa positiva, já que reduz custos – menos asfalto, menos ônibus, bem como menor trajeto dos ônibus, menos caminhões de lixo, diminuindo ao máximo a necessidade de deslocamentos.
O arquiteto, que participou da elaboração do Plano Diretor de Cuiabá, conta ainda que o adensamento é uma questão vital para a capital, já que reduz as distâncias e potencializa o desenvolvimento econômico e a vitalidade de uma área, entre outras coisas. Segundo ele, na elaboração do documento, quando se tratou do uso do solo, a principal política estabelecida foi fazer a cidade crescer para dentro, para aumentar a densidade que atualmente é muito baixa.
“Temos cerca de 25 habitantes por hectare, quando um número ideal é em torno de 200. Significa que a nossa cidade é muito cara operacionalmente. Se ela estivesse mais concentrada, gastaríamos menos com asfaltamento, trajeto de ônibus, dentre ouras coisas”, disse o arquiteto que defendeu ainda que não bastam os edifícios. "Por causa do clima, é essencial ter espaços de lazer, locais arborizados”.
Para o engenheiro e sócio da CX Construções, Adeir Pinto, é fundamental o crescimento vertical de uma cidade, pois isto viabiliza menores custos de infraestrutura para o município, traz um melhor aproveitamento dos terrenos, facilita investimentos dos empresários, gerando impostos e emprego.
Segundo ele, para atender às necessidades de Cuiabá, os edifícios devem ser pensados sempre conciliando as exigências das legislações municipal, estadual e federal, com a incorporação ao projeto dos pontos exigidos pelos consumidores da capital. “Atualmente, estes pontos são varandas espaçosas, de preferência varanda gourmet, excelente área de lazer e segurança. Os empreendimentos da CX, o Sky View Paiaguás e o Sky View América (próximo lançamento da construtora), são exemplos bastante ilustrativos de como a empresa se preparou para isto, procurando suprir estes itens, com varandas e áreas de lazer amplas, além do grande espaço interno de seus apartamentos, com orientação favorável quanto às correntes de ar e ao sol. Tudo isto é observado nos mínimos detalhes pelos nossos projetistas”, ressaltou o engenheiro.