Quantas vezes ouvimos falar que a prática de alguma atividade física é fundamental para a nossa saúde e bem-estar? São médicos, amigos e familiares nos lembrando sempre disso! Mas então, por que é tão difícil colocar isso em prática?

Um levantamento do Suplemento de Saúde da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)  de 2011, mostrou que somente 10,2% da população brasileira pratica atividade física com frequência. Dos praticantes apresentados, 60% têm menos de 34 anos e 58,2% são homens.

Desses, 47,4% dos  que praticavam exercício físico ou esporte, o faziam até duas vezes por semana, sendo que, para 93,5%, o tempo gasto nas atividades é de aproximadamente 30 minutos.

O sedentarismo e também o estresse causam uma verdadeira reação em cadeia no nosso organismo e mente. Esses males são as principais causas do aumento da incidência de várias doenças. Hipertensão arterial, diabetes, obesidade, ansiedade, aumento do colesterol, infarto do miocárdio são apenas alguns exemplos das consequências.

Parece claro que o nosso corpo precisa de movimento. Afinal, tudo que fica parado enferruja, endurece e perde a vitalidade. No entanto, é fato que as pessoas têm cada vez menos tempo livre, em rotinas cada vez mais estressantes, com mais afazeres.

A coach Elen Lisboa Bellandi acredita que a organização da nossa agenda do dia segue uma lógica de prioridade, de valor que damos para cada tarefa.

E que não é tão simples a pessoa se convencer que uma atividade física é algo de grande importância.

“Existe um estigma de que quem pratica atividade física de forma disciplinada é alguém com baixa demanda de trabalho, de poucos papéis a exercer. É comum acharmos que um treino esportivo é um luxo, próprio de quem tem muito tempo livre”, explica.

Elen afirma que, além disso, o que nos atrapalha muito é uma compreensão tradicionalmente colocada de que a atividade física traz benefícios apenas físicos, ligados ao corpo e, portanto, à aparência. “É preciso deixar claro que o retorno da atividade é físico, mental, emocional e espiritual”.

 
Assim, uma boa performance profissional, qualidade de pensamento, emoção, foco na realização são impossíveis sem a “oscilação”. De acordo com o coach e estudioso Rhandy Di Stefano, é preciso sair do seu padrão e frequência para conquistar a alta performance, ou seja, se você possui um trabalho intelectual, sua “oscilação” seria a prática de uma atividade física, que ajuda a regular o seu estresse e obter foco para conquistar a alta performance.

“A oscilação é o antídoto para o estresse. Se não oscilamos, se não mudamos o foco para uma atividade diferente da que mantemos muito tempo, entramos numa espécie de colapso. Isso significa baixo desempenho, baixa qualidade de vida”, explica Elen.