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Cinco dicas para a boa convivência em condomínios com animais de estimação
29/09/14 18:29

Uma moradora em Botafogo tenta dormir até mais tarde, mas não consegue por causa dos ininterruptos latidos dos três cães da sua vizinha do andar de cima. E não longe dali, outro morador, em Laranjeiras, sofre com o forte odor permanente que entra pela janela da sala causado pelos gatos da sua vizinha. Certamente você já viveu ou conheceu alguém que passa por situações como estas ao morar em um condomínio, especialmente os verticais. E como tudo tem os seus dois lados, se há quem reclame de certos infortúnios, há quem faça questão de ter bichinhos de estimação no apartamento. Situações como estas são comuns em condomínios onde a área é dividida, mas como lidar?

O veterinário e sócio da Pet Sem Stress, que presta consultoria para condomínios, Michel Faingezicht, explica que os principais motivos de briga entre vizinhos relacionados aos bichos de estimação são o latido e o mau cheiro. O primeiro passo, segundo ele, é tentar entrar num acordo. Ou seja, conversar sobre o assunto da maneira mais amigável possível. E uma das estratégias que vem sendo adotadas em vários residenciais é a reserva de um espaço na área comum para os pets:

— Ter um local adequado para que os bichos possam passear e se distrair evita que eles fiquem latindo tanto por se sentirem presos. E, com saquinhos ao lado das lixeiras, o dono do animal não terá desculpas sobre a limpeza da área interna do apartamento.

Faingezicht ressalta que o latido dos cães geralmente vem do estresse, consequência de ficarem muito tempo sozinhos. Por isso, o veterinário orienta que, caso o dono não tenha muito tempo livre, procure alguém para passear com o cachorro ou até mesmo uma creche de pets. E, claro, antes de mesmo de pensar em ter um animalzinho de estimação, a recomendação é avaliar quais têm perfil e tamanho para viver confortavelmente dentro de um apartamento — pela saúde do próprio animal, do moradores e dos vizinhos. 

Se esta é a sua situação, Faingezicht listou cinco dicas que podem ser adotadas tanto por moradores com ou sem pets e pelo próprio condomínio para melhorar a convivência de todos:

1) Informe-se primeiro: antes de levar um bichinho para o seu apartamento, verifique qual a regulamentação do prédio — se pode ou não, quantos podem e que tipo de pet exatamente é permitido. Outro conselho do veterinário é considerar as características do perfil do animal e a disponibilidade do dono. “Pets que exigem maior frequência de banhos, por exemplo, pedem cuidadores com tempo para isso, com risco de deixar cheiro ruim no elevador”, explica. 

2) Adapte espaços: é importante o condomínio separar uma área para onde os moradores possam levar seus animais de estimação. Isso ajuda a evitar discussões sobre onde o cachorro fez sujeiras. Não precisa ser uma área extensa, mas o suficiente para a recreação dos pets.

3) Leve o cão para passear: caso você não possa dar muita atenção para seu cachorro (gatos dispensam passeios), uma boa ideia é contratar um dog walker para passear com ele algumas vezes na semana. Isso ajuda o animal a não ficar estressado e pode levar o bicho a latir menos, além de ser saudável para ele e para você, que chega cansado em casa e não quer ter que sair. E os vizinhos agradecem.

4) Higienize os espaços: o condomínio pode colocar saquinhos de coleta ao lado das lixeiras. É uma solução barata e que acaba com a desculpa de quem não recolhe a sujeira dos animais.

5) Controle: o veterinário sugere ainda que os condomínio crie um cadastro com as informações do número de animais que se encontram no prédio, inclusive, com dados sobre a saúde deles. “É uma forma de prevenção sanitária e também de descobrir a demanda por serviços pets no local. Pode-se, por exemplo, ratear os custos de um dog walker entre donos de cachorros que latem muito”.

Agência O Globo

 

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